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Crítica – O Sequestro do Metrô 1 2 3

  
   O “remake” do filme “O Seqüestro do Metro 123” estreou no Brasil há algumas semanas e tem de tudo que pode interessar a um fã de cinema: uma boa história, bons atores nos papeis principais e um diretor renomado. No entanto, é possível perceber que nem sempre a junção de todos esses ingredientes é receita garantida de uma obra de qualidade, à altura de todos os seus ingredientes.

 O filme, que já foi rodado em 1970, traz a história de Ryder (interpretado por John Travolta), que sequestra um metrô cheio de passageiros e ameaça matar todos eles caso não receba o valor do resgate estipulado por ele em uma hora. Do outro lado da situação está Walter Garber (interpretado por Denzel Washington), um executivo do metrô que, no dia em que tudo ocorre, está na função de controlador de tráfego. Isso porque ele é suspeito de ter recebido suborno em uma licitação e, até que a situação seja resolvida, o seqüestrador exige se comunicar apenas com ele.

 O interessante é que Ryder não aceita negociar as condições do resgate com o negociador da polícia, ele quer mesmo é falar com Garber, que exerce essa função durante todo o filme. Na comunicação entre os dois personagens, a tensão é freqüente e se torna cada vez maior ao longo da história. Mas é através das conversas dos dois que o telespectador passa a conhecer a realidade tanto do “mocinho” quanto do “bandido” até que a obra tenha seu desfecho.

O filme dirigido por Tony Scott, que inclusive já dirigiu DejaVu, que tinha no papel principal Denzel, realizou um trabalho mediano, nos contando uma história que poderia ter sido melhor explorada. Além de ficamos na esperança de conhecer um pouco mais os personagens, saber quais são suas motivações para terem feito o que fizeram, quando menos esperamos, o filme acaba. Deixando uma impressão de obra inacabada. Porém, é preciso enaltecer a fotografia e a sequência de cenas do filme, que são ótimas e muito envolventes, é difícil conseguir tirar os olhos da tela durante o filme.

Outro ponto a ser levado em conta é a atuação de Travolta e Washington, ambos com vários sucessos na carreira e reconhecidos como bons atores. Washington realiza muito bem seu papel, porém, o perfil de seu personagem já foi visto em alguns de seus filmes anteriores, como “O Plano Perfeito” e o “Colecionador de Ossos”, onde em ambos ele interpreta homens fortes e no controle da situação de crimes. John Travolta convence como seqüestrador, com uma bela atuação, desfazendo a cada filme, a imagem de bom moço e galã do início de sua carreira.

“O Seqüestro do Metrô 1 2 3” é, portanto, um bom filme, com ótimo elenco sob o comando de Tony Scott, que já dirigiu grandes filmes como “O Dia Depois de Amanhã”. Vale a pena alugar, mas sem a esperança de assistir algo fenomenal, já que faltou ao diretor um pouco mais de foco, ainda mais se tratando de uma história com temas atuais, como o sequestro e a falta de princípios de um homem para alcançar o que deseja. A história é bem costurada por Scott, tudo se encaixando perfeitamente, mas é difícil não imaginar que o filme poderia ter umas duas horas e, talvez, não desmerecendo Denzel Washington, um outro ator em seu papel.

 

 

 

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